Senhores deputados Europeus agora eleitos:
No tempo em que se luta com dificuldades económicas, em que as empresas europeias sofrem a feroz concorrência de empresas
extra-comunitárias a trabalhar em condições desumanas e em que se importa quase tudo de países terceiros, porque não repensar
aquilo que consumimos numa base que melhore o nosso ambiente? Eis umas sugestões de iniciativas legislativas que podem ser úteis, na hora em que
os países perderam a capacidade de legislar por si nestas matérias.
A Directiva relativa à Restrição do Uso de Determinadas Substâncias Perigosas em Equipamentos Eléctricos e Electrónicos
(RoHS, 2002/95/CE) entrou em vigor a 1 de Julho de 2006. Trata-se de impedir a comercialização de produtos contendo chumbo, cádmio, crómio, mercúrio ou
substâncias brominadas. Não vou discutir a aplicabilidade da directiva nem a sua utilidade, nem a sua fiscalização. Mas vejamos. Estão à venda no mercado equipamentos
de uso corrente, como por exemplo escovas de dentes eléctricas em que a cabeça, que é a primeira coisa a degradar não é substituível
e toda a escova, com as pilhas e o circuito electrónico vai para o lixo...Máquinas de barbear em que as baterias (ainda a vir para
o mercado muitas vezes em versão níquel-cádmio) não é substituível pelo utilizador, indo a máquina para o lixo logo que a bateria esgotar.
Não seria útil propor uma inicitaiva legislativa no sentido de obrigar os fabricantes a um nível de manutenção de primeira linha
mínimo em que o utilizador tenha à sua disposição e possa substituir algumas peças de desgaste rápido, em vez de continuar a produzir
lixo, lixo e mais lixo? Será que logo na altura em que existem procupações ambientais se opte pelo consome-deita fora permanente? São duas atitudes incompatíveis. Pensem nisto...