OS GATOS DEIXAM PEGADAS NO NOSSO CORAÇÃO  | 
  
Romi ou como um gato traz outro  | 
  
  | 
    Em 5 de Setembro de 2000, o Tai desapareceu misteriosamente. Hoje sabemos que foram os caçadores
    ou os cães... Na nossa busca desesperada pelas aldeias, ouvi na tarde quente de 6 de Setembro um choro entrecortado de gritos inconfundíveis: junto à estrada de alcatrão, um ser minúsculo procurava refugiar-se, tentando subir uma pequena encosta em direcção ao mato. Várias pessoas passavam, mas tinham provavelmente perdido o coração algures e ficavam surdos àquele apelo.  | 
  
| Apanhei a criaturinha e fui perguntar na aldeia se alguém conhecia uma gatinha que acabava de ter filhotes, na esperança de encontrar a mãe. Ninguém sabia de nada. | |
| Então o "errante sem
    pátria nem lar", o Romanichel, veio juntar-se à família. Teria cerca de 6/7 dias e
    estava esfomeado, mas cheio de vontade de viver.  Duas semanas depois, partimos de carro para uma viagem de dois dias, de regresso à terra onde vivíamos, sem o Tai, mas com outro que ele nos enviou...  | 
    
  | 
  
  | 
    O Romi viajou dentro de um grande taparware; quando tentava subir, escorregava! Ia sempre silencioso enquanto o carro andava mas, mal parávamos, punha-se a chorar. De duas em duas horas, tomava o biberão, sofregamente, num estilo que lhe é próprio e que hoje mantém. Viver e ser feliz era e foi sempre o seu lema! Nunca o vimos assanhado, nunca lutou com gato nenhum e sempre que havia "perigos" do lado do jardim saía pela frente, batendo à porta para regressar. 
  | 
  
| Pinino, como lhe chamamos,
    é sociável, alegre, comunicativo, inteligente e sensível, tem algo de humano no sentido
    mais elevado do termo.  Foi ele que nos mostrou a primeira colónia de gatos errantes que conhecemos, e foi ele que trouxe até nós o errante puro e selvagem que agora se chama Pinóquio... e pelo qual muitos outros vieram até nós.  | 
    
  |